Como vimos em nosso artigo “Empresas familiares estão destinadas ao fracasso?” , na maioria dos países, mais de 70% das empresas são familiares. Porém, cerca de 95% delas não sobrevive à terceira geração de proprietários, consequência da falta de gestão de risco.
Isto ocorre porque o sucessor, em boa parte das vezes, não possui pleno conhecimento dos caminhos a serem trilhados. Eles não conseguem antever os riscos que estão envolvidos em cada tomada de decisão.
Estar dotado de uma visão prospectiva e capaz de interligar os diversos aspectos do negócio costuma ser inerente ao fundador. Entretanto, nem sempre esta herança se manifesta com facilidade nas gerações futuras. Desta forma, para que haja eficiência, a gestão de risco se mostra imprescindível.
Primeiramente, é preciso identificar e classificar as possíveis consequências causadas por eventos planejados, sejam elas internas ou externas. Esse processo deve ser constantemente monitorado e aprimorado de forma estruturada.
Após identificado, o risco deve ser avaliado no que diz respeito ao grau de exposição da empresa àquele risco, a probabilidade de acontecer e o grau de prioridade em que deve ser resolvido.
Existem diferentes abordagens para o tratamento de um risco. Em alguns casos é possível evitar o risco, agindo de forma a se retirar dessa situação, mas existem casos em que é preciso aceitá-lo e traçar um plano de ação para reter, reduzir, transferir ou explorar o risco.
Reter: Manter a probabilidade e o impacto do risco no mesmo nível;
Reduzir: Realizar ações que minimizem a probabilidade e o impacto do risco operacional;
Transferir: Deslocar o risco de forma que o impacto e a probabilidade de ocorrência reduzam;
Explorar: Usar o risco operacional ao seu favor em casos que o mesmo possibilita vantagens competitivas.
Como a gestão de risco deve ser realizada de forma proativa e preventiva, é essencial o constante monitoramento da situação em que os tratamentos e controles implementados se encontram, além de sempre reavaliar os riscos e identificar novos. Ou seja, a comunicação entre as quatro etapas da gestão de riscos é fundamental para um processo de tomada de decisão efetivo.
Neste sentido, pelo estudo promovido pela Thomson Financial em parceria à revista Newsweek, que comparou, ao longo de dez anos, empresas de família a suas rivais, sendo possível observar um desempenho superior das primeiras sobre as segundas, levando em consideração índices de vendas e lucros e outros relativos ao crescimento empresarial.
A gestão de riscos em empresas familiares, portanto, é um grande diferencial competitivo, sendo, muitas vezes, essencial para a sobrevivência da empresa.
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