Com o impacto direto causado pelo COVID-19 nas relações comerciais, entidades governamentais e bancos adotaram medidas financeiras para ajudar o empresário nesse momento de crise.
O Conselho Monetário Nacional aprovou as Resoluções n°s 4.782 e 4.783 , publicadas em 16 de março de 2020 pelo Banco Central, viabilizando a renegociação de créditos de empresas e pessoas físicas.
Em um breve resumo, as Resoluções determinam que as instituições financeiras estão sujeitas a prover estruturas de gerenciamento de risco e de capital, mantendo os níveis de capital mínimo.
Ademais, o governo expandiu a folga de recursos do sistema financeiro nacional no montante de R$ 56 bilhões, concedendo a elevação da capacidade de crédito em cerca de R$ 637 bilhões, estimulando as renegociações.
A Febraban, Federação Brasileira de Bancos, informou que os cinco maiores bancos do Brasil divulgaram a possibilidade de prorrogação das dívidas de seus clientes pessoa física e micro e pequenas empresas pelo prazo de 60 dias.
Poderá ser aplicada esta medida no que concerne aos contratos de crédito vigentes e adimplentes, onde cada instituição financeira irá definir mediante critérios próprios quais empréstimos poderão ser negociados.
Ressalta-se que a prorrogação não será automática, sendo necessário realizar o pedido no banco, não alcançando dívidas referentes a cheque especial ou cartão de crédito, bem como boletos de consumo geral, como por exemplo: água, luz, telefone e tributos.
Assim, no intuito de cooperar e assessorar as empresas nesse momento atípico no Brasil, reunimos as medidas financeiras que as instituições bancárias estão adotando para conter a crise:
Com o objetivo de fortalecer as linhas de financiamento existentes, o banco destinou o total de R$ 100 bilhões, sendo divididos em R$ 24 bilhões para pessoas físicas, R$ 48 bilhões para empresas, R$ 25 bilhões para o agronegócio e R$ 3 bilhões para administrações públicas municipais e estaduais.
A instituição liberará a quantia de R$ 40 bilhões para capital de giro, essencialmente para empresas do setor imobiliário, bem como destinará R$ 5 bilhões para o crédito agrícola.
Além disso, irá conceder o valor de R$ 30 bilhões que utilizará para adquirir de outros bancos médios as carteiras de crédito consignado e de financiamento de carro, caso tais instituições passem por dificuldades.
O banco irá promover a prorrogação das dívidas pelo prazo de até 60 (sessenta) dias através da contratação do pacote Itaú Crédito Sob Medida, que permite a alteração da data original.
Aos que já contrataram o produto, poderão renegociar o vencimento da próxima parcela, tendo a opção de postergá-la em até 60 (sessenta) dias depois da data originalmente acordada.
A prorrogação supracitada também estará vigente para financiamentos de imóveis ou veículos. No decurso deste período, o banco manterá a mesma taxa de juros, sem cobrança de multa.
Outrossim, diante da redução da taxa Selic para 3,75%, serão reduzidas as tarifas de juros para clientes pessoa física e jurídica, onde será repassado o corte de 0,5 ponto percentual para as demais linhas de crédito.
Diante da redução da taxa Selic para 3,75%, esse banco tomou as mesmas medidas do Itaú, reduzindo as tarifas de juros para clientes pessoa física e jurídica, onde será repassado o corte de 0,5 ponto percentual para as demais linhas de crédito.
Esta instituição expandiu em 10% o limite do cartão de crédito de todos os clientes que possuem os pagamentos em dia.
No tocante à prorrogação do vencimento de parcelas de contratos de crédito por até 60 (sessenta) dias, a possibilidade alcançará algumas linhas de crédito preventivo, pessoal (CDC) e imobiliário.
A cooperativa disponibilizará a opção de qualquer associado pessoa física ou jurídica solicitar a prorrogação por até 60 (sessenta) dias as parcelas de crédito adimplentes.
Para as empresas que terão maior impacto econômico, como por exemplo o setor de turismo, a cooperativa promoveu duas ações de crédito emergenciais, uma linha de renegociação de créditos ativos e uma linha de capital de giro com até 48 meses de prazo, possuindo carência de nove meses.
Disponibilizará R$ 200 milhões para capital de giro, com taxa de juros reduzida de 1,43% para 1,20% ao mês. O prazo de financiamento cresce de 36 para 42 meses, com carência de nove meses contra os três meses antes da pandemia.
Como medida de emergência para a contenção dos prejuízos financeiros do país, o BNDES aprovou a injeção de R$ 55 bilhões na economia brasileira.
Segundo o presidente do banco, Gustavo Montezano , “Nós estamos ampliando a nossa oferta de crédito para pequena e média empresa. Da micro a empresas com até 300 milhões de faturamento anual poderão ter acesso ao Capital de Giro BNDES, via repassador financeiro. O banco tem esse caixa disponível, financiando em até 5 anos, com 2 anos de carência, e o limite máximo é de R$ 70 milhões para cada tomador”.
Em decorrência da quarentena decretada, várias empresas ficarão com as portas fechadas, o que para muitos será uma perda de receita recorrente.
Segundo os especialistas, é possível enfrentar essa crise sem deixar que sua empresa beire à insolvência, utilizando de planejamento estratégico e criatividade para operar sem atender diretamente ao cliente.
Desta forma, seguem algumas dicas de como operar juntamente com seu cliente, porém à distância, sem deixar de demonstrar presença na prestação de seus serviços ou venda de produtos:
No momento de reclusão social, é necessário criar outros meios de comunicação com seus clientes. As ferramentas digitais são recursos rápidos e de baixo custo para chegar até os consumidores, sendo necessário o constante contato com seu público através de publicações nas redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube, Whatsapp, entre outros).
Esteja sempre atualizando as redes sociais com informações sobre os produtos e serviços que dispõe, despertando a curiosidade dos consumidores e os atraindo para entrarem em contato com sua empresa.
A produção de vídeos explicando o uso dos produtos ou formas de prestação de serviço também é um diferencial para sua empresa, pois demonstra autoridade nas mídias, levando o consumidor a captar que sua empresa domina a área que atua.
Outro ponto importante é manter sempre o contato com seu cliente, mostrando sua estratégia para atendê-lo durante o período de crise. O atendimento pode ser feito através da ferramenta Whatsapp, ligações, reuniões através de Skype, mantendo o atendimento presente, sustentando a segurança de seus colaboradores e clientes.
Nesse momento de crise, é necessária a negociação com seus fornecedores a fim de alcançar uma prorrogação ou alargamento de prazos para cumprir seus compromissos.
Essa negociação pode trazer um “fôlego” necessário para sua empresa conseguir operar durante essa fase.
Em um período de baixo consumo, as empresas devem aproveitar para oferecer uma diversificação de seus produtos, com o intuito de proporcionar melhores soluções para seus clientes, gerando um diferencial no mercado e potencializando as vendas de seus produtos ou serviços.
New Paragraph
Desenvolvido por Mobsite - Tecnologia para sites ©