Principalmente em empresas familiares, o momento da sucessão é um dos mais delicados para a sua sobrevivência. Negócios sem planejamento sucessório empresarial podem passar por momentos de tanta instabilidade e incerteza que são suficientes para destruir algo construído por anos com dedicação e paixão.
É por isso que, mesmo não querendo pensar nisso agora, precisamos preparar o legado que deixaremos para as próximas gerações. Veja neste artigo o que é esse processo e por que ele precisa ser feito o quanto antes. Boa leitura!
Como vimos no nosso e-book , poucas empresas familiares sobrevivem à terceira geração. Empresas que não se preocupam com a sucessão em cargos mais importantes acabam permitindo que o conflito familiar e a emoção direcionem suas ações.
E essa é a grande ameaça! Esse tipo de desentendimento ocorre mesmo nos negócios mais saudáveis e pode causar um prejuízo desproporcional — tornando uma pequena rusga uma ruptura de estratégias e uma onda de incertezas capaz de ruir toda a empresa.
O que difere aquelas que fracassam das que prosperam é um bom planejamento sucessório empresarial. Mas o que é esse processo?
Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de retirar o dono da empresa. Uma boa sucessão é preparada em conjunto com o fundador, de forma que, quando opte pela aposentadoria, a transição seja tranquila, evite tensões interpessoais e possibilite o sucesso empresarial em longo prazo.
Ao se tratar do planejamento sucessório empresarial, pensamos na necessidade de preparar o sucessor para assumir o negócio. Porém nos esquecemos de que é preciso preparar todos os envolvidos, inclusive o fundador. É possível que o apego do fundador ao negócio faça com que ele tenha dificuldade de preparar um planejamento em que a sua figura não seja mais a protagonista.
Sem um bom planejamento, a perda do fundador pode abalar os funcionários e a corporação como um todo. Por isso, uma sucessão feita às pressas pode envolver armadilhas, barreiras mentais, jogos de poder, ocasionar mágoas, boicotes, conflitos e traumas para o negócio.
Dessa forma, é importante que o plano sucessório seja traçado bem antes de haver uma necessidade real. Mesmo que você pense que ainda falta muito tempo para se aposentar, a sucessão empresarial familiar deve fazer parte das estratégias de organização a curto, médio e longo prazo de sua empresa.
Para deixar mais clara a importância do planejamento sucessório empresarial, podemos pensar em como essa preparação protege a empresa na prática e facilita a transição entre gerações. Veja!
Geralmente, a sucessão de empresas familiares acontece em momentos carregados emocionalmente. É a pior hora para tomar decisões racionais que precisam ser bem informadas e discutidas.
Deixar o plano pronto desde já permite que todos os envolvidos discutam com calma e negociem seus pontos de vista com o tempo. Assim, quando chegar a hora de passar o bastão, haverá uma concordância geral sobre os passos a se tomar.
Esse plano deve envolver, também, a gestão financeira do negócio, como será tratado o patrimônio e seu gerenciamento. Isso permite, por exemplo, que bens e ativos vitais para o funcionamento estejam na responsabilidade dos sucessores assim que assumirem o comando. É uma forma também de agilizar a liberação de recursos.
É comum até em empresas familiares ter divergências sobre estratégias e caminhos no mercado. Que tal deixar claro desde já a sua posição sobre esses assuntos? Com esse planejamento, você garante que a construção de metas a longo prazo não será desperdiçada pela mudança drástica de direcionamento.
A sucessão é um processo sempre burocrático, ainda mais quando envolve herança e partilha de bens. Que tal já resolver boa parte disso?
Quanto menos processos, registros e documentos forem necessários lá na frente, mais rápido sua empresa pode continuar de onde você parou.
Agora que definimos bem a importância de fazer um plano de sucessão, podemos dar um incentivo extra para você começar. Como? Dando algumas dicas de por onde você pode começar o seu planejamento. Confira!
Uma sucessão empresarial pode envolver muitas pessoas com diferentes níveis de importância para o processo — ainda mais em negócios de família. Então compartilhe essa sua vontade o quanto antes.
Explique como está pensando em fazer a transição no futuro e peça opiniões. Incentive a participação deles o quanto antes na rotina da empresa. Isso vai fazer muita diferença lá na frente.
Aliás, essa é uma boa dica para expandir na nossa conversa. A transição no planejamento sucessório é bem mais tranquila quando a próxima geração já faz parte do negócio de alguma forma.
Sim, muitos donos de empresa condenam tudo que construíram porque querem centralizar demais as funções dentro dela, sem abrir suas estratégias e seu modo de trabalho preferido para aqueles que virão depois.
Então comece a delegar algumas dessas responsabilidade. Converse mais sobre suas ideias. Inclua o futuro do negócio em sua rotina.
Com as próximas gerações engajadas, a transição é suave e sem desgastes. Para agilizar esse processo, só falta um bom plano de transição, definindo quem vai fazer o quê e a ordem de processos para manter a empresa funcionando sem parar um dia sequer.
Inclusive, esta é a dica do especialista:
“Eduque a próxima geração sobre responsabilidade e gestão financeira o mais cedo possível. Um plano de proteção patrimonial sucessório protege os bens da família quando seus acordos são preservados.” — David Harland, consultor em negócios familiares, para o SmartCompany
Toda sucessão é complicada, ainda mais quando envolve carga emocional e conexão familiar entre os envolvidos. Nessa hora, é preciso ser o mais profissional e objetivo possível.
Por isso, que tal pensar em uma consultoria para esse processo? Talvez a visão de fora do seu núcleo seja o que a empresa precisa para ser justa, racional e eficiente na troca entre gerações.
Se você quer ver a sua família prosperar por muitos anos com o legado que você construiu, o planejamento sucessório empresarial é fundamental. E, se você quer que seja um processo tranquilo, confiável e sem criar tensões desnecessárias, precisa ser feito o quanto antes.
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Jéssica Costa – Advogada em reestruturação e proteção patrimonial. Pós-graduanda em Gestão e Business Law.
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